Pages

19 de jun. de 2012

Educação também no trânsito


Vejo reportagens, opiniões, de que carros, ônibus e, principalmente, as motos, são responsáveis pelo grande aumento de acidentes e mortes no trânsito. Mas, será que é culpa destes veículos? Claro que não. Os responsáveis pelas fatalidades são, evidentemente, os condutores. 

As motocicletas têm recebido grande parcela de culpa pelas mortes no trânsito. Não podemos negar que elas possuem um risco maior ao condutor por ser um veículo mais frágil, que dá menos segurança ao piloto, já que este não está “protegido” por uma estrutura metálica. Mas, o que percebo, é a irresponsabilidade dos usuários deste veículo.

É comum vermos pessoas despreparadas no trânsito fazendo manobras, se arriscando, e isto é resultado de um mau preparo dos Centros de Formação de Condutores. Desde quando um usuário de um veículo que só anda em zigue-zague, que só prende a fazer baliza (quando aprende) e dá pequenas voltas na quadra está pronto para enfrentar um trânsito caótico?

Lembro das minhas primeiras aulas de moto. Meu pai levou mais de 3 meses para que me deixasse dar uma volta sozinho em uma rua sem movimento e, mesmo assim, provei a ele que eu ainda não estava totalmente preparado, pois cai e queimei minha perna.

Bom exemplo, prefeitura de Ouro Preto investe na edução no trânsito


Assim como na alfabetização, a educação do trânsito tem que começar cedo. Temos que preparar, incentivar os educadores. Apenas algumas aulas teóricas e poucas práticas nunca irão preparar uma pessoa para enfrentar o trânsito do dia-a-dia de nossas cidades. Os órgãos competentes têm que cobrar do CFC´s e também dos avaliadores ao invés de apenas emitirem carteiras de motorista.

A formação cultural e educacional de nosso país é precária e o mesmo ocorre com o ensino dos condutores de nossos meios de transporte. É fácil colocarmos a culpa nos carros e motos, mas devemos lembrar que estes veículos nada fazem sem um condutor. Ou tomamos consciência da falta de preparo dos motoristas/ pilotos, ou continuaremos tendo estatísticas de fatalidades no trânsito cada vez mais elevadas.

Cleiton Weiss, gerente administrativo da LCW Motos

Foto: Reprodução

Um comentário:

  1. Cleiton, concordo com você. A educação para o trânsito deve fazer parte da vida do condutor desde a sua infância. Agindo assim, os pais com certeza ficariam mais tranquilos com a segurança dos filhos na vida adulta, pois não estariam apenas aguardando pelos Centros de Condutores que sabemos deixam a desejar.

    ResponderExcluir